quinta-feira, 12 de maio de 2011

Morreu o jornalista que inspirou um personagem de Mafalda


Jorge Timossi foi correspondente e um dos fundadores da agência cubana Prensa Latina. Tinha 75 anos e faleceu vítima de uma doença cardíaca. Sua figura inspirou o desenhista Quino na criação do personagem 'Filipito'.

O jornalista argentino nacionalizado cubano Jorge Timossi, um dos fundadores da agência noticiosa cubana Prensa Latina e Prêmio Nacional de Jornalismo José Martí, morreu nesta segunda-feira em Havana aos 75 anos, devido a um infarto, informou a agência Télam.

A figura de Timossi havia inspirado ao desenhista Quino a criação de 'Felipito', um dos personagens amigos da famosa tira 'Mafalda'.

"Timossi se entregou ao jornalismo sob a influência da Revolução Cubana e desde 1961 trabalhou como correspondentes viajante da nascente agência Prensa Latina", informa uma nota publicada ontem pelo diário oficial Granma.


Vejam em URGENTE24

Um comentário:

zejustino disse...

Tradução livre do texto do post:

"Morreu o jornalista que inspirou um personagem de Mafalda


Jorge Timossi foi correspondente e um dos fundadores da agência cubana Prensa Latina. Tinha 75 anos e faleceu vítima de uma doença cardíaca. Sua figura inspirou o desenhista Quino na criação do personagem 'Filipito'.


O jornalista argentino nacionalizado cubano Jorge Timossi, um dos fundadores da agência noticiosa cubana Prensa Latina e Prêmio Nacional de Jornalismo José Martí, morreu nesta segunda-feira em Havana aos 75 anos, devido a um infarto, informou a agência Télam.

A figura de Timossi havia inspirado ao desenhista Quino a criação de 'Felipito', um dos personagens amigos da famosa tira 'Mafalda'.

"Timossi se entregou ao jornalismo sob a influência da Revolução Cubana e desde 1961 trabalhou como correspondentes viajante da nascente agência Prensa Latina", informa uma nota publicada ontem pelo diário oficial Granma.

"Esse argentino de nascimiento, cubano por escolha e latino-americano de coração demonstrou sempre sua acuidade e caneta rápida que era um valioso elemento das equipes de sua Prensa Latina querida, ainda quando já desempenhava outros trabalhos de âmbito cultural", disse seu companheiro José dos Santos.

"Ainda me parece vê-lo entrar, sorridente e triunfante, na redação central de Prensa Latina, ante a ovação de seus colegas pela atitude digna e exemplar cobertura que junto à equipe da agência havia dado ao golpe militar contra o presidente Salvador Allende", acrescentou.

Quando ocorreu o golpe encabeçado por Augusto Pinochet em 11 de setembro de 1973, Timossi era o chefe da correspondência de Prensa Latina em Santiago.


Durante esses fatos conseguiu estabelecer comunicação telefônica com o Palácio de la Moneda, onde se encontrava Allende, e pode falar com o presidente.

Escreveu posteriormente uma reportagem detalhada sobre o golpe, que publicou em forma de libro sob o título “Grandes alamedas, el combate del presidente Allende”.

Timossi foi correspondente de Prensa Latina na Argélia, Chile, Argentina, França, Nicarágua e México, e cobriu encontros do Movimento de Países Não Alinhados e diversas visitas do líder cubano Fidel Castro a vários paises.

Também cobriu, entre outros acontecimentos, a invasão ianque à República Dominicana, em 1965 e às revoluções que levaram Muammar Khadafi na Líbia (1969) e aos aiatolás no Irã (1979).

Cobriu também as visitas que Castro realizou a vários paises nas décadas de 80 e 90, nas posses dos presidentes do Equador, Venezuela e Brasil, até o Primeiro Encontro Iberoamericano na mexicana Guadalajara e a segunda em Madrid.

"El Timo" ou "el Flaco" inspirou inclusive ao desenhista argentino Joaquín Lavado (Quino), seu amigo, em um de seus famosos personagens.

"Confiesa", era tudo o que dizia o cartão que Timossi enviou a Quino em 1970. Em resposta, o jornalista recebeu o desenho no qual Felipito (o personagem do menino idealista e pensador do quadrinhos Mafalda) fazia a famosa pergunta: "Justo a mim me toca ser como eu?".

Autor de numerosos livros de poesia, contos e testemunhos, Timossi recibeu a Ordem Félix Varela e a Distinção Félix Elmuza, além do Prêmio Nacional de Jornalismo José Martí, em 1999.

Nasceu em 1936 na Argentina e concluiu os estudos como técnico en química, mas desde muito jovem foi atraído pelas letras.

Ingressou em 1959 na correspondência de Prensa Latina no Río de Janeiro. Anos depois se radicou em Havana e se fez cidadão cubano.

"Ao longo de uma fecunda trajetória profissional deixou páginas memoráveis à imprensa no continente", acrescentou um informe da ANSA.

Foi vice-presidente do Instituto Cubano del Libro e diretor da Agencia Literaria de Derechos de Autor. Por sua vontade expressa, seu cadáver foi cremado em Havana."