sábado, 14 de maio de 2011

SEXTA-FEIRA, 13

Fantasma do colapso financeiro volta a rondar a Europa diante dos sinais -ostensivos-- de que a Grécia não sobreviverá sem novo aporte de recursos para evitar a oficialização de uma falência virtual . Dívida grega equivale a 143% do PIB. Meta de ‘ajuste' acordada com credores prevê reduzir esse colosso a 18% do PIB até 2020. Sangue , suor e lágrimas mostram-se insuficientes. ‘Inspetores' dos mercados, em Atenas nesse momento para tomar o pulso agonizante, enxergam uma única solução para evitar o ‘default': fatias mais suculentas de privatizações do patrimônio público grego. "Só 20% é pouco", reclamam os porta-vozes dos mercados sobre a condição originalmente acertada com a UE e o FMI para a ‘ ajuda ‘ de 50 bi de euros a Atenas. Colapso grego causa apreensão e derruba bolsas européias nesta sexta-feira.Nos EUA, pós-execução de Bin Laden, a inflação ao consumidor atinge o maior nível em dois anos e meio.A renda dos assalariados, em contrapartida, caiu 0,3% em abril, após declínio de 0,4% em março. Apenas 21% dos norte-americanos espera melhora nas condições financeiras. Percentual é o mesmo registrado na mínima histórica da pesquisa, durante a explosão da bolha das subprimes, em 2008. É hora de o Brasil abraçar a teoria ortodoxa do excesso de demanda e trocar investimentos por mais juros? (leia artigo de Amir Khair, nesta pág.)

(Carta Maior; Sábado, 14/05/ 2011)

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