Ato do Amanhecer Dourado na Grécia.
O autor, um dos impulsionadores do Manifesto Antifascista Europeu, defende a conformação de uma frente comum contra o fascismo.
Uma coisa que os europeus tem tido tempo de aprender bem é que nem a crise, nem as tragédias sociais que a acompanham são especificamente gregas. E, desgraçadamente, tudo já indica que outra coisa que terão todo o tempo para aprender é que o Amanhecer Dourado neonazista tampouco é exclusividade dos gregos. Sem dúvida esta afirmação será recebida por alguns com muito ceticismo: "Aqui, nem nossas tradições, nem nossa cultura, nem nosso temperamento permitirão jamais tais fenômenos". É exatamente o que os gregos -inclusive os mais prevenidos pelo pessoal de esquerda- diziam há apenas nove meses, quando um ou dois "loucos" de imaginação transbordante os advertiam de que a peste negra estava invadindo sua sociedade. Quanto ao resto, nada de novo. É como a história -aquela entre as duas guerras- se repetiu: Na realidade, quem imaginaria que "as tradições", "a cultura" ou "o temperamento" dos italianos ou dos alemães teriam permitido o nascimento e a ascensão ao poder do fascismo e do nazismo?
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