quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

COP15: o odor pútrido do capitalismo

O que o encontro de Copenhague deixou claro é que o capitalismo imperialista não está disposto a ceder em sua acelerada carreira por mais e maiores beneficios.

O Encontro da ONU sobre a Mudança Climática em Copenhague terminou em fracasso total. O acordo meramente formal alcançado a última hora (que a Venezuela, Cuba, Bolivia, Nicarágua e Sudão se negaram a subscrever) não obriga aos firmantes, nem volumes concretos de redução das emissões de gases de efeito estufa (que ficam pendentes de posteriores compromissos "voluntarios"), nem estabelece prazos. Foi o presidente dos EEUU, Barak Obama, o primeiro a declarar na capital dinamarquesa que o documento, quando ainda estava sendo redigido, não seria vinculante. O mesmo secretário executivo do encontro, Ivo de Boer, qualificara-o de "declaração de intenções". O anunciado objetivo de limitar a elevação das temperaturas em dois graus com respeito a 1900 fica assim em mera fantasia.
(...)
Mas as potencias imperialistas distorcem os fatos para exigir aos paises pobres que "compartilhem" a mesma responsabilidade que elas e façam mais "contribuições". Em Copenhague, essas potencias imperialistas, meras representantes dos interesses depredadores de suas grandes transnacionais, se negam a comprometer-se a reparar parte do dano que tem causado à sobrevivência da vida no planeta.
(...)
O que tem deixado claro o encontro de Copenhague é que o capitalismo imperialista internacional não está disposto a ceder em sua acelerada carreira
por mais e maiores beneficios, ainda que isso ponha mesmo em perigo a sobrevivência da vida no planeta. A alternativa continua sendo socialismo ou barbárie.


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