O novo filme de Michael Moore, "Capitalism: A Love Story" , revela muito do carácter criminoso do actual sistema económico dos EUA. E faz isso no seu habitual estilo popular. Mas o filme também reflecte o facto de que Moore ainda não ultrapassou o seu caso de amor com o capitalismo.
Em "Roger and Me," "Bowling for Columbine" e "Sicko," Moore demonstrou uma vontade real de revelar a cupidez do titãs das companhias automobilísticas dos EUA, a violência que permeia o próprio tecido da sociedade imperialista estado-unidense e a barbárie do seu sistema de cuidados de saúde em comparação aos cuidados de saúde proporcionados no Canadá, Inglaterra, França e, mais espantosamente, Cuba. Igualmente impressionante tem sido a sua capacidade de retratar estes assuntos de uma maneira que o povo dos EUA possa entender e admitir. Como filho de um trabalhador reformado da cidadela histórica da General Motors, Flint, Michigan, Moore tem um sentimento excepcionalmente bom daquilo que culturalmente mantém os trabalhadores dos EUA leais aos seus mestres corporativos. E os seus filmes contêm elementos visuais dramáticos e acontecimentos político-sociais que ajudam a destroçar os nós que unem a população dos EUA ao imperialismo estado-unidense.
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