sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
Lincoln Gordon e a origem dos "desaparecidos" - A elite americana
Lincoln Gordon morreu há poucas semanas com a idade de 96 anos. Licenciara-se summa cum laude em Harvard aos 19 anos, doutorara-se em Oxford como bolsista Rhodes, publicara o seu primeiro livro aos 22 anos, com dúzias mais a seguir sobre governo, economia e política externa na Europa e América Latina. Entrou [como professor] na Faculdade de Harvard aos 23 anos. O dr. Gordon foi executivo no Gabinete de Produção de Guerra durante a II Guerra Mundial, administrador de topo dos programas do Plano Marshall na Europa do pós guerra, embaixador no Brasil, teve outras altas posições no Departamento de Estado e na Casa Branca, foi investigador no Centro Internacional Woodrow Wilson para Académicos, economista na Brookings Institution, presidente da Johns Hopkins University. O presidente Lyndon B. Johnson louvou o serviço diplomático de Gordon como "uma rara combinação de experiência, idealismo e julgamento prático".
Está a ver o quadro? O rapaz maravilha, intelectual brilhante, líder notável de homens, patriota americano destacado.
Abraham Lincoln Gordon foi também o homem de Washington no Brasil, e muito activo, como director do golpe militar de 1964 que derrubou o governo moderadamente de esquerda de João Goulart e condenou o povo brasileiro a mais de 20 anos de uma ditadura terrivelmente brutal.
(...)
Naturalmente, nem todos os nossos responsáveis pela política externa são como este. Alguns são piores.
E recorde as palavras do espião condenado Alger Hiss: A prisão é "um bom correctivo para três anos de Harvard".
Vejam o texto completo em RESISTIR.INFO
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