terça-feira, 26 de outubro de 2010

O que não dizem os jurados do Premio Nobel: Quem é Liu Xiaobo?

Varios dias transcorridos desde o outorgamento do Nobel da Paz a Liu Xiabo, mas a mídia ocidental segue sem dar a conhecer as ideias que este personagem defende.

Isto porque foi conferido o premio Nobel da Paz a um nostálgico da colonização e que é partidário da intervenção dos exércitos ocidentais para esmagar a cultura chinesa.

En 1988, Liu Xiaobo declarou em uma entrevista que a China tinha que manter-se submetida a 300 anos de dominação colonial para converter-se em um país decente, de corte evidentemente ocidental.

En 2007, Liu Xiaobo reafirmou sua tese e se pronunciou a favor de uma privatização radical de toda a economia chinesa.

Não estou fazendo mais que repetir as informações provenientes de um artigo de Barry Sautman e Yan Hairong publicado no South China Morning Post (Hong Kong) [1], que não é um diário precisamente favorável às posições de Pequim. Pelo contrário, nesse mesmo artigo critica-se o governo chinês por haver castigado uma opinião, por mais "ignobel" (trocadilho com "Nobel" e "ignóbil", NT) que fora, com o cárcere e com a crítica.

Vejam o texto completo em LA HAINE.ORG

Um comentário:

zejustino disse...

Restante da Tradução (livre como sempre):

"Quisera, de minha parte, fazer algumas observações. Os manuais de história ocidental assinalam que as guerras do ópio abriram o período mais trágico da história da China. Um país que gozava de uma antiguíssima civilização foi então literalmente "crucificado", escrevem eminentes historiadores. Ao final do século XIA, as mortes em massa por inanição se convertem em algo comum e corrente. Mas, segundo Liu Xiaobo, aquele período colonial não foi suficiente. Teria que haver durado três vezes mais!

O mínimo que se pode dizer é que nos encontramos perante uma forma de "negacionismo". O Ocidente não vacila em mandar para o cárcere os "negacionistas" quando se trata da negação das infâmias perpetradas contra o povo judeu, mas entrega o "Nobel da Paz" aos "negacionistas" que negam infâmias cometidas pelo colonialismo contra o povo chinês! Desgraçadamente, a posição da esquerda não é muito diferente.

Essa mesma esquerda se cuidou muito em condenar no momento da detenção a DAvid Irving e outros representantes desta corrente, que ainda estão na prisão, mas agora se dedica a cantar louvores a favor de Liu Xiabo.

Este último não tem se limitado, certamente, a expressar opiniões, por mais "ignóbeis" que sejam, como reconhece o Soth China Morning Post. Após pronunciar-se, em 1988, a favor de três séculos de dominação colonial na China, no ano seguinte voltou correndo (por iniciativa própria?) dos Estados Unidos para a China para participar na revolta da Praça Tiannmen e comprometer-se a realizar seu sonho [2].

E segue trabalhando para realizar seu sonho, como demonstra sua entrevista concedida em 2006 a um jornalista sueco, entrevista na qual celebra a guerra ianque contra o Iraque como meio de exportação da democracia. Ou seja, estamos na presença de um personagem que invoca diretamente a dominação colonial contra seu próprio país e também, indiretamente, a guerra de agresssão.

Um sonho que lhe tem valido tanto encontrar-se detido nas prisões chinesas como receber o "Prêmio Nobel da Paz".

* Filósofo e historiador comunista, profesor en la universidad de Urbino (Italia). Última obra publicada en francés: "Nietzsche philosophe réactionnaire: Pour une biographie politique".

Notas

[1] «Medal contention», par Barry Sautman et Yan Hairong, South China Morning Post, 12 octobre 2010.

[2] Sur le sens des événements de Tienanmen, lire « Tienanmen, 20 ans après », par Domenico Losurdo, Réseau Voltaire, 9 juin 2009.

Red Voltaire

Vejam o texto completo em LA HAINE.ORG"