quarta-feira, 13 de abril de 2011

Peru vive onda de racismo pós-eleição

As manifestações eram semelhantes ao movimento no Twitter brasileiro contra os nordestinos que votaram na candidata Dilma Rousseff na eleição do ano passado.

Até os jornais peruanos entraram na guerra suja verbal. No editorial de ontem do jornal "Peru21", o diretor Fritz du Bois afirma: "É tão evidente a tentativa de Humala de se branquear e se apresentar como moderado, que é difícil dar resultados".

No diário "Correo", o diretor ultraconservador Aldo Mariátegui foi mais longe e disse que "já começou a operação de pentear o macaco".

Mais adiante, comparou Humala ao ditador alemão Adolf Hitler. "Isso me lembra quando a direita alemã tentou domar Hitler e o nomeou chanceler junto com o centrista Papen", escreveu. "A "lulificação" de Humala (...) não passa de uma miragem."

A onda de ofensas levou Gastón Acurio, o mais famoso chef peruano e um ídolo no país, a pedir calma em sua página no Facebook.

Os ataques a Humala geraram reações na parcela de centro-esquerda da população, que não votará em Keiko por considerá-la autoritária como seu pai -em um "autogolpe", Fujimori fechou o Congresso em 1992.


Confira na Folha.com

2 comentários:

José Elesbán disse...

Pra Folha, aquela Folha da "ditabranda" e do "Lula estuprador", noticiar do clima no Peru, a coisa deve estar muito feia mesmo por lá...

ErnandesFernandes disse...

O mais incrível é que Keiko também é "não-branca" (ela não é "índia" como Humala, mas é filha de um japonês, logo uma "amarela") e o preconceito não a atinge da mesma forma.