A virulenta reação do Conselho Federal de Medicina contra a vinda de 6 mil médicos cubanos para trabalhar em áreas absolutamente carentes do país é muito mais do que uma atitude corporativista: expõe o pavor que uma certa elite da classe médica tem diante dos êxitos inevitáveis do modelo adotado na ilha, que prioriza a prevenção e a educação para a saúde, reduzindo não apenas os índices de enfermidades, mas sobretudo a necessidade de atendimento e os custos com a saúde.
Confira no blog do Porfírio.
4 comentários:
Ótima e oportuna postagem. Parabéns!
Júlio Garcia
Brilhante estratégia essa de mostrar cara a cara, na prática, dois conceitos de saúde pública: o capitalista e o socialista.
E revelar a diferença entre o preço e o valor da saúde pública para um e outro, respectivamente.
É isso que provoca essa reação corporativista.
Até agora era possível culpar o SUS e o preço pago pelos serviços para não atender a saúde pública que fica longe demais das capitais.
Os médicos cubanos vêm fazer o que os médicos brasileiros, ao que parece, não foram educados para fazer, não têm interesse em fazer e não estão dispostos a fazer: cuidar da saúde pública em todo o país de todos.
Para os "doutores" brasileiros tudo é uma questão de preço.
Para os cubanos, de valor.
O valor da saúde pública para a sociedade brasileira não tem preço.
Para o Conselho Federal de Medicina o preço da saúde pública da população brasileira é o seu valor.
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