O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul divulgou nota oficial denunciando o cerceamento ao direito de informação por parte da Brigada Militar, por ocasião dos episódios envolvendo a ação da Via Campesina em uma fazenda da Stora Enso, em Rosário do Sul. A nota afirma:
"Na semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul denuncia o impedimento, por parte da Brigada Militar, do exercício profissional de jornalistas na cobertura da ocupação, pelas mulheres da Via Campesina, da Fazenda Tarumã, em Rosário do Sul. Repórteres fotográficos e cinematográficos foram impedidos de registrar a agressão sofrida por mulheres e crianças que estavam na manifestação, inclusive tendo equipamentos profissionais apreendidos. Outra jornalista foi retirada do local pelos policiais (ver fotos abaixo).
Vivemos em uma sociedade democrática de direito e não vamos aceitar as velhas práticas do período da ditadura militar. O Código de ética dos Jornalistas, em seu artigo 2o., inciso V, aponta que "a obstrução direta ou indireta à livre divulgação da informação, a aplicação de censura e a indução à auto-censura são delitos contra a sociedade". O mesmo Código também identifica, no artigo 6o., ser "dever do profissional opor-se ao arbítrio, ao autoritarismo e à opressão".
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS está atento a esse tipo de comportamento e levará o caso à Federação de Periodistas da América Latina e Caribe que, já em sua Carta de Lima, Peru, de dezembro de 2007, exigia dos governos assumir a responsabilidade de garantir a todos os jornalistas o direito à vida, ao trabalho digno, à liberdade de expressão e o direito cidadão à informação".
As fotos são de Eduardo Seidl.
O texto e as imagens vieram do RS Urgente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário