Ganhei de presente e estou lendo The Audacity of Hope, de Barack Obama. Na semana passada, concluí a leitura de The Post-American World, de Fareed Zakaria. Os dois livros, de certa forma, se completam. Pena que no segundo o Brasil tenha sido citado apenas 16 vezes e o único brasileiro presente ali seja Fernando Henrique Cardoso, a dizer que o mundo realmente só quer dos Estados Unidos uma coisa, que afirme seus próprios ideais. Acho que Lula teria mais coisas a dizer, se ele tivesse sido considerado relevante pelo autor, um indiano que imigrou adolescente para os Estados Unidos e hoje é editor da Newsweek International. No livro de Obama, até a página 60, o presidente brasileiro não aparece – e nem seu grande e bobo país –, mas faltam ainda mais de 300 páginas...
Obama deveria prestar atenção a Lula e ao Brasil, e não poderia ter desprezado um conselho de Zakaria, sobre o qual falarei mais à frente, pois assim não estaria vendo seu governo envolto em mais um episódio constrangedor – o acordo com Álvaro Uribe, para que os Estados Unidos utilizem sete bases militares colombianas a pretexto de combater o narcotráfico. Com isso, Obama não ficou bem entre os associados da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), criada há um ano e meio por inspiração do governo brasileiro. A Unasul, ameaçada já de divisão, discutiu na semana passada, na Argentina, a crise entre dois de seus membros, Colômbia e Venezuela, provocada pelo acordo, considerado uma declaração de guerra pelo presidente Hugo Chávez.
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