Não se recomenda a jornalistas que escrevam em primeira pessoa. Afinal, devem ser narradores, portanto coadjuvantes, e não protagonistas da história. Mas decidi quebrar o protocolo em relação ao ministro Antonio Palocci por uma razão simples. O que vi e observei nos últimos anos – muitas vezes de perto – ajuda a compreender a natureza da crise, o isolamento do ministro da Casa Civil e a prever o desfecho inevitável, que será a sua queda.
Eu o conheci em 1994, quando trabalhava como repórter da revista Exame, à época a principal publicação de economia e negócios do País, e Palocci era prefeito de Ribeirão Preto. Talvez tenha sido um dos primeiros, da chamada “grande imprensa nacional”, a enxergar algo novo naquele promissor quadro do Partido dos Trabalhadores. Palocci era um petista diferente. Havia decidido privatizar a Ceterp, a empresa de telecomunicações de Ribeirão Preto, que era uma das poucas municipalidades a ter sua própria concessão de telefonia. Palocci privatizava, num tempo em que o PT cuspia fogo contra as privatizações de FHC.
Um comentário:
Pois é, temos visões diversas de Palocci por aqui, vide "post" seguinte...
Postar um comentário