Todos os meios de comunicação de massa, impressos, televisivos e radiofônicos do Peru, com exceção do jornal La Republica, tudo fizeram para impedir o triunfo de Humala. O diário centenário El Comercio, porta-voz das elites locais e que detém uma poderosa rede de mídia, assumiu com total desfaçatez o papel de partido político anti-Humala, distribuindo sem cerimônia as mais grosseiras calúnias e infâmias contra o candidato da coligação Ganha Peru, batendo na tecla de sua ligação íntima com o presidente Hugo Chávez e praticamente orientando ideologicamente a campanha eleitoral de todos os demais concorrentes.
Enfim, um exemplo acabado de campanha suja. E também não é segredo para ninguém que o Departamento de Estado dos Estados Unidos desencadeou todo um esforço político, financeiro e de propaganda para evitar que alguém de fora do establishment assumisse a presidência. Estamos falando, por exemplo, de Roger Noriega, conhecido homem-forte da diplomacia norte-americana para a região, que denunciou ter Humala recebido 12 milhões de dólares de Chávez para financiar sua campanha. E da CNN. Quem assistiu à entrevista da âncora Patrícia Janiot com Humala presenciou uma bateria de perguntas, na verdade interrogatório, que expressavam as preocupações de Washington. Alan García também não foi um mero espectador. Valeu-se da máquina do Estado para engrossar a campanha direitista com o fim de derrotar Humala.
Confira o texto sobre a recente eleição presidencial peruana no Opera Mundi.
Um comentário:
Lá como cá , o PIG atuando...
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