Um relatório que foi apresentado nesta terça-feira ao Congresso dos Estados Unidos critica a atuação no Iraque da empresa de segurança particular americana Blackwater, que presta serviços para o Departamento de Estado americano. O texto afirma que a empresa se envolveu em 195 incidentes com armas de fogo no Iraque, o que representa uma média de 1,4 por semana, e também que os agentes da Blackwater atiraram primeiro em 160 desses casos.
O relatório foi apresentado por conta de uma audiência realizada nesta terça-feira no Congresso sobre as atividades da companhia no Iraque.
Em depoimento aos parlamentares, o fundador da Blackwater e ex-oficial da Marinha americana, Erik Prince, afirmou que os profissionais da Blackwater só realizam funções de defesa e que seus agentes atuam em áreas do Iraque particularmente perigosas, onde sofrem constantes ataques de terroristas.
A Blackwater, que é uma das principais empresas de segurança privada que atuam no Iraque, tem sido acusada de atos de violência contra civis iraquianos e de não prestar contas às autoridades do Iraque ou dos Estados Unidos. No último dia 16, a companhia foi acusada de envolvimento em um tiroteio em Bagdá no qual 11 civis iraquianos foram mortos. Entre os casos relatados no relatório está um em que um funcionário da empresa, que estava embriagado, atirou contra um guarda do vice-presidente iraquiano, causando a sua morte. Ainda assim, o Departamento de Estado americano autorizou que o funcionário saísse do Iraque e pouco depois assessorou a empresa em como ''''resolver o caso''''.
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