A raiva contra o plano de salvação das instituições financeiras espalhou-se como um rastilho de pólvora na Internet e teve o seu papel de pressão sobre os deputados que querem reeleger-se nas próximas eleições para o Congresso dos EUA (simultâneas às presidenciais) e que, na sua maioria, acabaram por votar contra. As petições vieram de todos os quadrantes, de sindicatos, de posições mais à esquerda ou conservadoras.
Uma das petições que mais adesões obteve foi a que se opôs à salvação de Wall Street , com mais de 26 mil assinaturas, que alinhou dez motivos para se ser contra: o plano apoia banqueiros negligentes e falidos em vez de se concentrar em reformas reais do sistema; suscita dúvidas Constitucionais ao ampliar dramaticamente o poder do actual e dos futuros secretários do Tesouro; o valor envolvido de 700 mil milhões é igual aos orçamentos somados dos departamentos (ministérios) de Defesa, Educação, Saúde e Serviços Humanos somados. Representa "2.300 dólares por cada homem, mulher e criança na América"; aumenta a dívida nacional; inclui a compra de maus activos de bancos estrangeiros; prejudica bancos responsáveis, que não foram negligentes nem estavam insolventes; pretendia a aprovação pelo congresso sem qualquer debate público, em 24 horas; o plano foi arquitectado pelo secretário do Tesouro Henry Paulson, que antes de exercer o cargo era do Goldman Sachs, um dos bancos responsáveis directamente por toda a crise e um dos beneficiários do plano; não foram esgotadas outras opções; o plano é ofensivo moralmente.
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