A expansão das seitas religiosas que funcionam como autênticas empresas representa um importante fenômeno contemporâneo, especialmente no Brasil. O que são essas "religiões do lucro"? O que explica sua fantástica multiplicação? Por que algumas delas se tornaram organizações de grande porte, com atuação multinacional, como a "Universal do Reino de Deus" e a "Deus é Amor"?
Pode a teoria econômica responder a tais perguntas? Com certeza, sim. Por um lado, porque os elos de dependência entre religião e economia sempre existiram. Para funcionar, qualquer Igreja precisa cobrir seus custos: quem sustenta o padre ou pastor?, como é paga a manutenção dos templos? Por outro lado, porque as organizações religiosas têm sido mais e mais concebidas como
empreendimentos geradores de receitas, pela venda de ilusões embaladas em linguagem bíblica - uma boa definição para as religiões do lucro. Sua simples existência já justifica falar-se de uma "microeconomia da empresa religiosa".
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2 comentários:
vamos todos ficar ié ié, na nova transa do cafa sorridente.
www.cafasorridente.wordpress.com
cultura, amor e falcatrua
Não gostei do texto. Tende a tratar o fenômeno religioso, em termos de otimismo humanista do final do século XIX, segundo o qual, a partir de alguns de seus mais expressivos expoentes, Feuerbach e Marx por exemplo, a religião deixaria de existir, quando todos os seres humanos fossem "iluminados" pelo raciocínio, e vissem a verdade evidente que a religião é uma ilusão. Claro que, se alguns não chegassem a ser iluminados, se poderia dar uma forcinha, como acabaram por demonstrar as demolições de templos e mosteiros na União Soviética, e os campos de reeducação da China.
Foi ótimo o autor afirmar que a religião causa dependência física e emocional nos fiéis. Talvez fosse o caso de fazer uma moção junto ao ministério da saúde, para que sejam colocadas placas de advertência na frente dos templos para dizer que "Atenção: este culto causa dependência física e emocional, e sujeita seus frequentadores às lideranças clericais, diminuindo o tamamnho de seus cérebros".
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