A pobreza nas seis principais regiões metropolitanas segue diminuindo, apesar de toda contaminação da crise internacional no interior da economia brasileira. Pela primeira vez desde a crise da dívida externa, a pobreza não aumenta no país.
Os pressupostos de condução das políticas públicas de proteção à base da pirâmide social – tão criticada pelos neoliberais – mostram-se fundamentais para evitar que sejam os pobres novamente os mais atingidos pela manifestação da crise internacional no Brasil. Ou seja, a implementação de políticas contra-cíclicas (keynesianas), como a redução de impostos e de juros, aumento do gasto público (custeio e investimento), ampliação do crédito pelos bancos públicos, elevação real do salário mínimo e maior incorporação social pelos programas de renda aos mais pobres confere efetividade no propósito atual de defesa da produção, emprego e bem-estar social.
Isso tudo acontece de maneira diversa do ocorrido em outros períodos em que o Brasil apresentou forte desaceleração econômica, como nas dramáticas recessões de 1981-1983 (crise da dívida externa no último governo militar) e de 1990-1992 (crise do governo Collor). Também na crise financeira verificada durante a passagem do primeiro para o segundo governo FHC (1998-1999) ocorreu a combinação de desaceleração econômica com aumento da pobreza nas principais regiões metropolitanas (Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e Recife).
LEIA O TEXTO DE MARCIO POCHMANN NA REVISTA FÓRUM
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