quinta-feira, 4 de março de 2010

Iraquianos denunciam aumento de defeitos congênitos em Fallujah

Médicos no Iraque denunciaram um grande aumento no número de crianças com defeitos congênitos em Fallujah, que, há seis anos, foi palco de intensas batalhas entre tropas americanas e insurgentes.

Médicos na cidade responsabilizam as armas usadas pelo Exército americano durante a ação militar pelos defeitos congênitos. Segundo uma pesquisadora, agora a incidência de doenças cardíacas entre os recém-nascidos na região é 13 vezes mais alta do que na Europa.

O Exército americano afirma não estar ciente de nenhum relatório oficial demonstrando o aumento dos defeitos congênitos na área, e que leva “muito a sério” as preocupações com saúde pública das populações civis morando em áreas de combate.

O editor de internacional da BBC John Simpson visitou um novo hospital em Fallujah, financiado pelos Estados Unidos, onde a pediatra Samira al-Ani contou que vê entre dois e três casos de defeitos congênitos por dia, principalmente doenças cardíacas.

Simpson também visitou várias crianças na cidade que sofrem de paralisia, lesão cerebral e viu a fotografia de um bebê que nasceu com três cabeças.

Muitos dos moradores também disseram a ele que as autoridades de Fallujah aconselharam as mulheres a não engravidar.

Continua na BBC Brasil.


Um comentário:

José Elesbán disse...

E eu pensava que o urânio empobrecido era tudo de ruim que havia.
A reportagem associa vagamente esta epidemia de má formações de bebês ao fósforo branco.