sexta-feira, 17 de junho de 2011

A CHANCE DE CORTAR A RAÇÃO RENTISTA

O agravamento da crise internacional é um dos argumentos utilizados pelo BC brasileiro, bem como pelos rentistas para justificar a alta dos juros no país. O argumento transpira um certo bodum de oportunismo amanhecido. O que se sugere é que haveria dificuldade de financiar a dívida interna dadas as incertezas nos mercados financeiros e a consequente má vontade dos investidores em aplicar seus fundos aqui.O juro alto seria a única forma de cevá-los a bater o ponto no caixa nativo. O que se observa nos últimos meses sugere o oposto. O Brasil tem tido dificuldades para conter massas de capitais que afluem em ondas tsunâmicas atraídos por níveis de rentabilidade indisponíveis em boa parte do planeta. A alavanca que move esse moinho, e seus estragos sabidos numa estrutura industrial afogada em importações, é uma taxa de juro real da ordem de 7%. Para se ter uma idéia do colosso basta lembrar que a Grécia --dissolvente e conflagrada-- paga 10% reais para colocar seus títulos no mercado (14% de face, menos 4% de inflação). Apenas 3 pontos acima do brasileiro sendo que a a economia grega dificilmente escapará de aplicar um sonoro calote nos detentores de seus esvoaçantes papéis. Mais ainda: a dívida pública grega é de 139% do PIB, contra 39% no caso brasileiro.


Vejam o texto completo em CARTA MAIOR de sexta-feira 17/06/2011

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