Em um momento em que Cuba experimenta uma série de transformações – que vão da dispensa de meio milhão de funcionários públicos, deslocados para a iniciativa privada, até a regularização da propriedade particular de imóveis –, a alteração do código da família, datado de 1975, é considerada simbólica. Uma demonstração de que não só a economia está colocada em xeque em tempos tão delicados.
Havia uma expectativa de que essa discussão seria feita no VI Congresso do PCC (Partido Comunista de Cuba), mas ela não se concretizou. Para Mariela, que já estava relutante em acreditar nesse debate entre os líderes comunistas, a hora é de "sermos criativos, educar e mudar”. Segundo ela, “há sim vontade política para tanto. Temos que lutar pelas modificações no código da família. Precisamos colocar sobre a mesa todos esses novos elementos que não fomos capazes de ver antes".
Além da força do movimento LGBT, a mudança no perfil das famílias cubanas é apontada como um dos motivos para a lei ser alterada. Pesquisadores envolvidos com as novas propostas indicam, por exemplo, que a célula familiar típica não é mais a do marido, esposa e filhos e isso precisaria ser reconhecido. Há famílias chefiadas apenas por mulheres, outras em que os avôs criam os netos, muitos casais divorciados e outros que estão unidos sem registro formal.
Texto completo no Opera Mundi.
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