"O Presidente Bush livrou I. Lewis Libby Jr. de um mandato de prisão na Segunda Feira, substituindo sua sentença de dois anos e meio, deixando intacta a sua convicção por perjúrio e obstrução da justiça no caso do vasamento de informações da C.I.A."
N.E: Bush, em seus anos como presidente e, previamente como governador, jamais perdoou os priosioneiros sentenciados à pena de morte. O que Libby fez causou mais mortes do que quaisquer dos sentenciados acima mencionados.
(Fonte: NYT – Inglês).
Um comentário:
Perdão de Bush provoca revolta
WASHINGTON. A decisão presidencial de George Bush de atenuar a pena de prisão imposta ao ex-assessor da Casa Branca Lewis Libby provocou uma onda de ataques da oposição democrata. A primeira a reagir foi a presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi:
- Isso mostra que nosso presidente perdoa condutas criminais.
Libby, ex-chefe de Gabinete do vice-presidente, Dick Cheney, havia sido condenado a dois anos e meio de prisão por perjúrio e obstrução da Justiça na investigação sobre quem vazou o nome da agente da CIA Valerie Plame. Mas, com a comutação firmada por Bush na segunda-feira, terá apenas de cumprir a parte da setença que o coloca em liberdade condicional por dois anos e meio e o obriga a pagar uma multa de US$ 250 mil.
- Só um presidente clinicamente incapaz de compreender que se deve enfrentar as conseqüências de seus erros poderia fazer o que ele fez - atacou John Edwards, um dos pré-candidatos democratas para a eleição presidencial de 2008.
O também pré-candidato Barack Obama criticou Bush:
- A decisão consolida a herança de uma administração marcada por uma política de cinismo e divisão.
A senadora por Nova York, Hillary Clinton, também muito cotada à nomeação democrata à corrida à Casa Branca, fez coro aos adversários de partido.
- É mais uma uma prova de que a administração Bush se considera acima das leis - disse.
Já Harry Reid, líder da maioria democrata no Senado, disse que a Justiça foi desfeita com o perdão presidencial.
Libby foi processado por ter mentido durante a investigação do caso Valerie Plame. A agente da CIA teve sua identidade vazada pela Casa Branca à imprensa em vingança aos questionamentos de seu marido, o ex-diplomata Joseph Wilson, sobre as justificativas do governo para invadir o Iraque, em março de 2003. Na época, Bush alegava que o então presidente iraquiano, Saddam Hussein, tentava comprar urânio na Nigéria para produzir armas atômicas - o que mais tarde Wilson expôs como mentira em artigo no The New York Times.
Entre os republicanos, Rudolph Giuliani foi um dos poucos a levantar a voz para defender a decisão de Bush, considerando-a "razoável" e "correta". Em meio a uma enxurrada de perguntas, o porta-voz da Casa Branca, Tony Snow, disse que a decisão não era política, "mas ligada ao caráter excessivo" da pena, dando a entender que Cheney tinha influenciado na decisão.
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