CORREIO DO POVO
PORTO ALEGRE, SEGUNDA-FEIRA, 2 DE JULHO DE 2007
Gabeira defende fim do Senado
O deputado federal Fernando Gabeira, do PV, defendeu neste fim de semana que o país discuta o possível fim do Senado. Para ele, a crise envolvendo Renan Calheiros, do PMDB, e o caráter permissivo e omisso com o qual os senadores assistem à sucessão de manobras para protelar a eventual punição ao acusado, evidenciaram o triste retrato de órgão deficiente e esvaziado. Conhecido no cenário político por suas posições críticas e pela defesa da ética, o parlamentar propôs a adoção de sistema unicameral no país.
O deputado ressaltou que o Senado não cumpre uma de suas principais atribuições: a de servir como instância revisora. 'É preciso haver idéias novas, com força e coragem, para mudar este triste estado das coisas. Não é razoável que os senadores continuem resistindo aos apelos do país inteiro, que merece melhor política', disse.
Além dos descaminhos morais, da morosidade demonstrada por senadores quando há a necessidade de cortar na própria carne e do esvaziamento institucional, Gabeira ressaltou ainda que, proporcionalmente, o Senado é mais caro do que a Câmara.
6 comentários:
Nos anos 1980s Raul Pont defendeu o parlamentarismo unicameral. Gostaria de saber o que ele pensa sobre o assunto hoje em dia.
Acho que poderíamos acabar com a Câmara de deputâncias também e o papel da câmara e senado ser desempenhado pelas assembléias legislativas estaduais com um tempo específico para deliberar as questões federativas pela Internet.
Hummm...Se não me engano, o Senado existe porque o Brasil é uma federação de estados. Se fosse um estado unitário, talvez o Senado pudesse deixar de existir.
Me parece é que as pessoas precisam aprender a eleger melhor seus representantes.
Hoje fecho o senado, amanhã a câmara... sei não... Prefiro ficar enojado, poder criticar e votar em quem achar melhor...
Fecho com o Zé Alfredo e o Marcelo. Precisamos votar melhor.
O Senado é uma geringonça onerosa e desnecessária. O velho chavão marqueteiro encaixa perfeitamente para definir, ou seja, “a relação custo e beneficio” é extremamente desproporcional. Com o Senado fechado o volume de dinheiro que se economiza dá para comprar uma empresa por ano como a Perdigão Alimentos, por exemplo, que além de gerar divisas com exportação e milhares de empregos, contribui com impostos que esse “clube de falastrões” joga pelo ralo. Por outro lado à figura do tal de “suplente” da forma como é prévia e dolosamente articulada é uma artimanha. O sujeito se elege e leva na carona a “Madame Min”, como foi o caso do ex-global Hélio Costa. O “figurinha” não tem traquejo não é do ramo e o que é pior não teve um voto sequer e “foi anexo” como casamento de “filha única” de mãe viúva, o cara casa e leva a sogra de lambuja. Suplente deveria ser o subseqüente mais votado. A Câmara já representa com mais amplitude e de forma mais democrática a população. Levantamos a possibilidade de fechar essa encrenca em 22.06.07 http://blogdomrcondes.blogspot.com/2007/06/senado-uma-inutilidade-que-deveria-ser.html
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