O que restou do perfil carlista do Correio da Bahia está com seus dias contados. A consultoria Innovation, fundada na Espanha e que tem entre seus clientes La Nación, Libération e O Globo, desembarcou no Brasil, mais precisamente na Bahia, e começou nesta segunda-feira (07/01) a análise do jornal que tem a marca do falecido Antonio Carlos Magalhães.
Pela conversa que o Comunique-se teve como Demóstenes Teixeira, diretor de redação do Correio e no jornal há 17 anos, as mudanças serão profundas. Vão desde a linha editorial até o projeto gráfico. “Vamos ver se continuaremos com o formato standard, se mudaremos para o tablóide ou o berliner, como fez o Jornal do Brasil”.
A idéia de realizar mudanças, garante o diretor, vêm de muito tempo, antes mesmo da morte de ACM. “Já tínhamos conversado sobre a necessidade de mudar. As pesquisas mostravam que a política não interessa tanto aos leitores. E sempre valorizamos muito essa área”, explica.
Teixeira fala abertamente dos interesses aos quais o Correio da Bahia serviu ao longo dos últimos 29 anos. “Durante muito tempo esse jornal serviu de fato como porta-voz político. Hoje não há mais razão para isso. ACM morreu. Temos que tratar isso aqui como um veículo e fazer de fato jornalismo”. Sobre a influência direta de ACM, ele contou que ela se dava através das conversas entre os dois sobre o conteúdo do Correio.
O diretor de redação não quis entrar em detalhes sobre mudanças, mas destacou o fim do excesso de cobertura política.
O texto continua no Comunique-se. Quem viver verá. E se acontecer é de conferir se haverá cobertura equilibrada, ou a imparcialidade a que estamos acostumados com O Globo, Folha, Zero Hora...
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