sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Operação de Guerra na Fazenda Anoni

A Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul montou uma operação de guerra, nesta quinta-feira, para vistoriar o assentamento Nova Sarandi (antiga Fazenda Anoni), em busca de objetos que, supostamente, teriam sido roubados na Fazenda Coqueiros. A ação mobilizou cerca de 700 agentes da Polícia Civil, Polícia Federal e Brigada Militar. O resultado da operação foi a apreensão de uma foice e de alguns pedaços de madeira. O secretário de Segurança, José Francisco Mallmann (foto), descumpriu o acordo que havia sido firmado entre MST, Polícia Civil, Ouvidoria da Segurança Pública e 2ª Vara Cível da Justiça de Carazinho, que previa a saída dos ônibus do assentamento para vistoria, sem a necessidade da entrada da polícia. Segundo o MST, Mallmann teria colocado o cargo à disposição caso o governo do Estado desistisse de entrar no assentamento com os policiais. Entrou e não achou nada.

Antes dessa decisão, protestou o MST, Mallmann havia se comprometido a retirar a Brigada Militar do local e respeitar as negociações em andamento. Claudir Gaiado, integrante da coordenação estadual do MST e assentado na fazendo há 20 anos, criticou a postura do secretário. “A decisão do secretário de segurança Mallmann demonstra falta de diálogo e intolerância, desrespeitando um acordo firmado entre as partes que evitaria um massacre. Defendemos que ele abandone o cargo por não ter condições de tratar de questões sociais”. O MST realiza no assentamento o 24° Encontro Estadual, com a participação de 1.200 militantes de várias regiões no Estado. A polícia acusou os sem-terra de roubar um rádio de carro, um anel, uma máquina fotográfica e R$ 200,00 da fazenda Coqueiros, durante a ocupação realizada esta semana. Segundo o MST, a acusação é pura perseguição política.


Notícia do RS Urgente.

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