sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Maia Denuncia o Globo

MAIA DENUNCIA O GLOBO

Paulo Henrique Amorim

Máximas e Mínimas 874

. O carioca já sabe há muito tempo que as Organizações (?) Globo são um partido político.

. Agora, um político tem a coragem de denunciar O GLOBO.

. Leonel Brizola foi o primeiro político carioca a mostrar que os Marinho não passam de uma organização de interesses comerciais que se valem de um sistema industrial de comunicação para atingir seus objetivos.

. O Globo tomou a dianteira para boicotar o pagamento de impostos municipais no Rio – o que, se der certo, terá a função de desestabilizar a administração da cidade.

. A principal razão disso é que os Marinho querem – como nos bons tempos de Carlos Lacerda – remover (ou, de preferência, botar fogo) nas favelas.

. E o prefeito Cesar Maia não quer.

. Veja o que diz Cesar Maia, em seu “ex-blog”.


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Ex-Blog do Cesar Maia 17/01/2008
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CAMPANHA DIRECIONADA!

1. Uns dias atrás, este Ex-Blog, publicou uma análise sobre campanhas na imprensa. E destacou um dos três vetores citados: a campanha direcionada, lembrando que era sempre destrutiva. E demonstrou que o jornal O Globo faz descaradamente uma campanha direcionada contra o prefeito do Rio Uma campanha muito parecida com o que a Tribuna da Imprensa fazia nos anos 50, com o mesmo DNA.

2. Os estudiosos dizem que a "doença infantil do jornalismo" é não entender qual seu campo de atuação e sua função, e atuar como um partido político. Ou seja, disputando poder pelo poder, apoiando ou denegrindo. O Globo atua como um partido político no Rio. Não aceita um governante com autonomia e independência. Gosta de governantes submissos, reativos à suas matérias, que se sentem à mesa com intimidade.

3. Não conformado com a histórica vitória nas eleições para prefeito em 2004, iniciou uma campanha direcionada contra o prefeito do Rio. Apoiou com pompas e circunstâncias a intervenção inconstitucional na saúde do Rio, derrubada pelo STF por unanimidade. Iniciou uma campanha com direito a selo -ilegal e daí. Multiplicou, com outra campanha sobre favelização, depois desmoralizada pelas fotos e pelos fatos. Deu início, e depois multiplicou a campanha contra o pagamento do IPTU. Hoje -meio envergonhado- fez um mini-editorialzinho dizendo que apóia não se pagar IPTU, e que é uma campanha válida. Abriu o jogo descaradamente.

4. Esse jogo tem um preço alto para o Rio. O Globo virou um tablóide regional "vespertino" no tradicional estilo das manchetadas dos anos 50. Ontem enquanto os jornais de alcance nacional abriam manchete sobre a crise econômica e a queda das bolsas, o Globo tratava de fazer piada e ironia com uma proposta de aqueduto, dando toda a página três para isso.

5. O Rio não tem mais um jornal de opinião nacional. Pesquisa feita uns meses atrás com altos executivos e dirigentes políticos, não moradores do Rio, mostrou que nenhum -nenhum deles- lia o Globo nos finais de semana. Um preço alto para o Rio que sempre teve -desde D. João- uma imprensa referência de nível nacional. A atual direção transformou um trabalho de décadas de seus fundadores, num tablóide populista desorientando a classe média. Como a matriz citada. Só que agora há um universo de vetores informacionais, que tira este poder dos que, ingenuamente querem ser... mais um partido político.

4. Mais uma campanha, que passará, num jogo -desesperado e destrutivo- de tentativa e erro. Qual será a próxima campanha do Globo contra o prefeito do Rio? Na verdade: qual será a próxima campanha do Globo contra si mesmo, contra a sua história, contra o jornalismo????

Texto do Conversa Afiada, do Paulo Henrique Amorim.

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