terça-feira, 4 de março de 2008

"BRASIL JÁ VAI À GUERRA/COMPROU PORTA-AVIÕES...”

A GLOBO decretou por conta própria uma guerra entre o Brasil e a Venezuela e agora envolve a Colômbia no “conflito”.

A agência venezuelana de notícias ouviu hoje por telefone o jornalista colombiano Jorge Enrique Botero sobre o assassinato de Raúl Reyes e o clima de euforia que tomou conta do governo do narcotraficante Álvaro Uribe.

Entre outras coisas Botero afirma o seguinte: “El periodista colombiano y autor del libro Noticias de la guerra, Jorge Enrique Botero, dijo esta tarde vía telefónica desde el país vecino durante el programa Dando y dando de Venezolana de Televisión (VTV), que muchos describen el asesinato del comandante de las Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia (Farc), Raúl Reyes, junto a otros 16 miembros de las Farc, ocurrido en la madrugada de este sábado por un bombardeo en territorio ecuatoriano, como el comienzo del fin de las Farc”

Botero faz alusão a declarações de Raúl Reyes que assinalou numa entrevista que deu a diversos jornalistas sobre a obsessão do governo da Colômbia em prender ou eliminar alguém do alto comando das FARCs para exibir como troféu e justificar os gastos com a guerra, que são o dobro do que se gasta com saúde e educação. Por ironia foi ele o “troféu”.

Seria preciso exibir um cadáver de uma alta figura do Secretariado (alto comando das FARCs) para vender a idéia que a guerrilha está próxima do fim, no exato momento que governos de vários países do mundo pressionam por negociações de paz.

Não é bem assim segundo Botero.

"Así que esa especie de celebración, alrededor de que se trate del golpe definitivo a las Farc, me parece que no es más que fruto de esta especie de ebriedad colectiva que se ha apoderado de algunos sectores de la sociedad, y pienso que aparte del golpe desde el punto de vista moral y militar que significa la pérdida de Reyes, la estructura de las Farc continuará. Ellos tienen solidez y un cuadro bastante grande ya formado. Siento que no sólo seguirán adelante, sino que no pienso que vaya a tener repercusiones sobre la búsqueda de un acuerdo de liberación de las personas que están en poder de ellos" manifestó el periodista colombiano.

A internacionalização da guerra é outro aspecto abordado por Botero em sua entrevista e explica o histerismo da GLOBO e dos principais meios de comunicação brasileiro em acirrar os ânimos e criar também a impressão que o País está debaixo de ameaças terroristas.

Sobre una posible internacionalización del conflicto colombiano con Ecuador, Brasil y Venezuela; además de Estados Unidos e Israel, Botero dijo que el hecho de que haya ocurrido en territorio ecuatoriano y que el gobierno colombiano haya luego trasladado los cadáveres para evitar que la guerrilla se los llevara, "constituye ni más ni menos que la entrada con todo del gobierno colombiano a la internacionalización de la guerra". "Sin lugar a dudas estamos frente al reconocimiento por parte del gobierno colombiano de la violación de la soberanía ecuatoriana, no simplemente de un sobrevuelo, un episodio transitorio, sino una acción de magnitud desde el punto de vista militar y creo que estamos a las puertas de la ampliación del problema a nivel internacional, porque las Farc han sido notificadas de que el territorio ecuatoriano también se presta para acciones en su contra", enfatizo”.

O ponto mais importante abordado por Botero vai além da internacionalização do conflito (ação das forças terroristas do governo Uribe no território equatoriano), forçada e deliberada, diz respeito a escolha de Raúl Reyes como o homem a ser assassinado e exibido como troféu. Era o principal negociador da guerrilha para a libertação de prisioneiros de guerra em poder das FARCs e esse tipo de ação, paz, não interessa a Uribe, pois contraria o narcotráfico e os Estados Unidos.

“En cuanto a la razón de haber "eliminado" precisamente al comandante Raúl Reyes, el periodista colombiano afirmó que no es para nada gratuito. "Él era el vocero en el tema del acuerdo humanitario, era la persona que tenía que atender y mantener el contacto con diferentes delegaciones internacionales que estaban colaborando en este empeño. Se reunió varias veces con delegados del gobierno francés, suizo, español... recibió a la senadora Piedad Córdova, era el hombre que daba las entrevistas a los medios internacionales, atendía a todo tipo de delegaciones. Era el personaje más expuesto, más vulnerable que tenía el Secretariado en acción". Asimismo opinó que Raúl Reyes fue seleccionado precisamente como blanco de este ataque "para golpear los esfuerzos hacia un acuerdo humanitario. Y ese es una prueba más de ese espíritu guerrerista al que se refería Víctor Hugo, del que está posesionada la cúpula del poder en Colombia".

Um eventual acordo que liberte a ex-senadora Ingrid Betancourt recoloca em cena política na Colômbia uma adversária de peso para Uribe que tenta justificar com a guerra um terceiro mandato. Tem o apoio dos EUA para isso. Para Uribe e os EUA a morte de Betancourt num acampamento das FARCs serviria para exibirem outro troféu e justificarem o avanço da violência. O caminho escolhido pelos EUA e pelo narcotráfico para derrubar Chávez é esse.

A GLOBO aqui só reproduz isso que Botero chama de :

“Sectores conservadores envalentonados con el "trofeo" que imagina empezarán a exhibir desde esta misma noche, dado que los cadáveres están en camino de ser trasladados a Bogotá”.

Botero vai além quando afirma que toda a ação foi planejada com consciência de violação do direito internacional e das intenções de manter o clima de guerra do governo Uribe.

“En cuanto al tema de la negociación, Botero opinó que mientras esté en el poder el Álvaro Uribe y las personas que lo circundan en el poder, las posibilidades de una negociación, de una búsqueda de salida política al conflicto, van a hacerse cada vez más difíciles”.

"Yo creo que la opción 'guerra' está en el primer punto del diccionario Uribista, y lo comprueba el hecho de que se esté invirtiendo el 6.5 % del PIB (Producto Interno Bruto) de Colombia en la guerra, eso duplica los presupuestos de educación y salud".

E o que a mídia colombiana que afirma “atada” ao governo do narcotráfico e ao exército, faz, tal e qual GLOBO e a chamada grande mídia por aqui. Criar o histerismo entre a população, o medo da guerra e assim justificar a barbárie e a violência.

“Se refirió también a los medios de comunicación de su país, que según indicó "tienen una atadura umbilical a todas las instancias de poder y digamos que el ejército, el gobierno, se la pasa apelando al recurso de filtrar cosas en aparente exclusiva y con eso lograr conseguir ese objetivo multiplicador".

É uma questão de acordar e ao invés de almoçar com o algoz, perceber que por trás de todas as luzes e sinucas plantadas pela violência, qualquer que seja a sua natureza e sua dimensão, há uma luta, não importa também a magnitude, em que a opção é simples. Ou aceitar a barbárie ou reagir a ela.

Imagino que, neste momento, entre histéricos e muito bem remunerados, os globais estejam sonhando com a velha canção crítica de Juca Chaves – “Brasil já vai a guerra/comprou porta-aviões/é meu diz a Marinha/é meu diz a Aeronáutica”. Hoje não há necessidade dessa disputa, já temos dois, o Minas Gerais e o São Paulo.

Ironias (mas importantes, sobre fatos reais) à parte são graves as conseqüências da ação dos narcotraficantes que governam a Colômbia e a irresponsabilidade do governo Bush .

Ingrid Betancourt, como qualquer pessoa em áreas de interesses dos “negócios” terroristas de Bush e Uribe é apenas um peão no jogo desses “negócios”. Um pretexto pois querem tudo menos vê-la livre e ainda mais por negociação direta do presidente Chávez. É a diferença entre terroristas e um governo democrático de fato.

A tentativa de arrastar o Brasil a um conflito em que Lula tem buscado ser mediador de um acordo de paz, feita pela GLOBO atendendo a interesses estrangeiros, é criminosa.

Não há dúvidas na maior parte do mundo sobre o caráter terrorista dos governos Bush e Uribe. Ou o de Israel.

Texto de Laerte Braga, no República Vermelha.

3 comentários:

Carlos Eduardo da Maia disse...

Conheço Laerte Braga a zilhões de anos. Ele não utiliza fontes. É tudo criação da cabeça dele. O Laerte é um homem de ficção. E ficção científica.

Caroline Rosa disse...

Olha, se ele ja inventou coisas no passado eu nao sei, mas a entrevista que ele utilizou está no site da Radio Nacional da Venezuela: http://www.rnv.gov.ve/noticias/index.php?act=ST&f=3&t=61910

Está lá pra quem quiser ver.

José Elesbán disse...

Não sabia que estava lidando com seres pré-históricos. Várias coisas me passam pela cabeça, tais como o Highlander, ou o Conde de Saint Germain.
Este texto dele é de opinião, mas não é ficção científica.