quarta-feira, 19 de março de 2008
Ex-combatentes se mobilizam nos EUA contra Guerra do Iraque
Ativistas, pacifistas e ex-combatentes se mobilizaram hoje em todos os Estados Unidos para protestar contra a Guerra do Iraque, que começou na madrugada de 20 de março de 2003 (hora local, noite de 19 de março em Brasília).
Até agora, cerca de quatro mil soldados americanos morreram e mais de 30 mil ficaram feridos.
Os protestos convocados hoje contra a Guerra do Iraque incluíram manifestações e ações de desobediência civil, vigílias, orações e passeatas estudantis em grandes cidades do país, de Nova York a San Francisco, assim como na capital, Washington.
Um grupo de combatentes no Iraque pediu em Washington a detenção do presidente americano, George W. Bush, por começar uma guerra que os ativistas consideram "ilegal".
"Nós fomos como voluntários defender este país", disse um orador do grupo Veteranos do Iraque e do Afeganistão em uma manifestação em frente ao Departamento de Justiça dos EUA, em Washington.
"Agora viemos aqui para ver se há um policial, um juiz decente e com coragem para prender Bush por esta guerra ilegal", acrescentou o ex-soldado.
A poucas quadras do local, a Polícia deteve cerca de 30 manifestantes que se sentaram no chão e fecharam o acesso ao departamento de Fazenda (IRS, na sigla em inglês).
Enquanto isso, outros cem ativistas, vestidos de preto e usando máscaras, desfilou em frente à Casa Branca em uma chamada "passeata dos mortos".
Em Washington, outras manifestações, quase todas lideradas por ex-combatentes no Iraque e no Afeganistão, protestaram em frente ao Banco Mundial, ao Fundo Monetário Internacional, ao Congresso, ao Instituto Americano do Petróleo, a empresas petrolíferas e a veículos de comunicação.
Os estudantes universitários em Dakota do Norte e Nova Jersey abandonaram as aulas, e na Universidade de Minnesota os alunos anunciaram que fechariam os escritórios de alistamento militar dentro do prédio acadêmico.
Na praça de Times Square, em Nova York, várias das integrantes da Brigada de Avós pela Paz contaram, com canções, o número de mortos no Iraque.
Já nos arredores de Miami, dezenas de manifestantes, também vestidos de preto e carregando cartazes, desfilaram perto da sede do Comando Conjunto Sul das Forças Armadas, e em Ohio os grupos contrários à guerra anunciaram várias manifestações e vigílias.
Embora a maioria dos protestos até agora tenha sido pacífica ou marcada por atos de desobediência civil não violentos, a Polícia deteve terça-feira várias pessoas na cidade de Vestal, em Nova York, quando os manifestantes interromperam o trânsito e, segundo a Polícia, causaram dois acidentes.
Os policiais detiveram hoje sete pessoas em San Francisco depois que os ativistas se acorrentaram ao portão do edifício do Federal Reserve (Fed, banco central americano) na cidade californiana.
Outras nove pessoas, que vestiam roupas de executivos e chapéus com cartazes nos quais se lia "No blood for oil" ("Não mais sangue em troca de petróleo"), foram detidas quando se sentaram no chão e impediram a entrada de funcionários no prédio da empresa Chevron.
Centenas de pessoas desfilaram pelo Distrito Financeiro de San Francisco carregando cartazes e gritando frases contra a guerra.
EFE
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