Emiliano José
De Salvador (BA)
O primeiro-ministro italiano, Sílvio Berlusconi, pretendeu, na última semana de agosto, solidarizar-se com o ex-premiê Romano Prodi, que foi grampeado com autorização judicial no curso de uma investigação...
Houve arquivamento da investigação. A Justiça italiana concluiu pela inocência de Prodi. E o grampo foi considerado uma interceptação judicial abusiva. Berlusconi, então, deitou e rolou. Condenou a legislação, os juízes, o grampo. E falou de uma lei em tramitação no Parlamento italiano, que impedirá grampos em casos de corrupção ou de concussão (exigência de vantagem financeira indevida). Uma lei feita para Berlusconi.
Prodi, honrando sua biografia, deu uma resposta que deixou Berlusconi desconcertado. "Não gostaria que a artificial criação deste caso político alimentasse a tentativa ou a tentação de dar vida a uma lei sobre interceptações telefônicas que possa subtrair da magistratura um instrumento que, em muitos caos, demonstrou-se indispensável. Da minha parte, não tenho nenhuma contrariedade ao fato de todos os meus telefonemas serem tornados públicos". O episódio é contado por Wálter Fanganiello Maierovitch, em Carta Capital de 10/9/2008. Pensei no Brasil. No escândalo que se armou no pós-algemas e prisão de Daniel Dantas.
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