José de Souza Castro, do Tamos com Raiva
O "choque de gestão" de Aécio Neves no governo de Minas, que seu candidato a prefeito de Belo Horizonte, empresário Márcio Lacerda, quer estender à prefeitura, começando pela área da saúde, conforme meu artigo anterior, parece muito moderno, mas representa na verdade um regresso ao período pré-industrial da economia e à mentalidade escravocrata.Moderno, porque segue a moda da new economy que floresceu após o declínio do comunismo e da volta triunfante do colonialismo sob o disfarce da globalização e do mercado competitivo. Mas velho como a serra, ao impor o predomínio da moral do trabalho, que nada mais é que uma moral de escravos.
Dito isso, é preciso explicar. Para tanto, posso valer-me do filósofo e matemático britânico Bertrand Russel e seu "Elogio ao Ócio", escrito há mais de meio século e relançado agora pelo filósofo italiano Domenico De Masi, juntamente com Paul Lafargue, reunidos no livro "A Economia do Ócio" (Sextante, 2001). Diz Russel que, do início da civilização até a Revolução Industrial, um homem em geral era capaz de produzir, trabalhando arduamente, um pouco mais do que o necessário para a própria subsistência e de sua família. Parte do que ele produzia era apropriado pelos guerreiros e pelos sacerdotes. Em época de escassez, estes não abriam mão dos tributos, o que levava muitos trabalhadores à morte por inanição. É um sistema que ainda perdura em alguns países.
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