Por Mauro Santayana
O documentário de Silvio Tendler Utopia e barbárie é referência necessária ao exame da história contemporânea, ao lado de outros estudos marcantes, como os livros de Chomsky e de Bárbara Tuchman – sem falar nas análises filosóficas mais profundas de Hannah Arendt e dos expoentes da Escola de Frankfurt. Como trabalho cinematográfico, a obra de Tendler se identifica com o clássico Mourir à Madrid, de Frédéric Rossif, de 1963. Mas Silvio nos espicaça com inquietação explícita: até onde a barbárie pode alimentar-se no combate à utopia?
A discussão não é nova, mas muitos procuram evitá-la, nutridos do sumo de justiça e da busca de seus sonhos proféticos. A mais bela e forte das utopias é a do cristianismo, que nos promete a realização do Reino de Deus entre os homens. Sem ela, a vida no Ocidente teria sido insuportável, mas sua associação ao poder temporal, com Constantino e Ambrósio, trouxe o conformismo e a frustração.
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