Esta impressionante avalanche de distinções simultâneas suscitou numerosas interrogações, ainda mais considerando que Yoani Sánchez, segundo suas próprias confissões, é uma total desconhecida em seu próprio país. Como uma pessoa desconhecida por seus vizinhos - segundo a própria blogueira - pode integrar a lista das 100 personalidades mais influentes do ano?
Um diplomata ocidental próximo desta atípica opositora do governo de Havana havia lido uma série de artigos que escrevi sobre Yoani Sánchez e que eram relativamente críticos. Ele os mostrou à blogueira cubana, que quis reunir-se comigo para esclarecer alguns pontos abordados.
O encontro com a jovem dissidente de fama controvertida não ocorreu em algum apartamento escuro, com as janelas fechadas, ou em um lugar isolado e recluso para escapar aos ouvidos indiscretos da "polícia política". Ao contrário, aconteceu no saguão do Hotel Plaza, no centro de Havana Velha, em uma tarde inundada de sol. O local estava bem movimentado, com numerosos turistas estrangeiros que perambulavam pelo imenso salão do edifício majestoso que abriu suas portas no início do século 20.
O Operamundi publica entrevista já publicada inicialmente no Rebelión.
A segunda parte da entrevista: Yoani Sánchez tenta explicar por que deixou a Suíça para voltar para Cuba.
A terceira, e final, parte da entrevista: Blogueira dissidente afirma ser contra embargo a Cuba e tenta explicar proximidade com Obama.
Um comentário:
É uma entrevista interessante, principalmente levando em consideração que o entrevistador estava mais interessado em defender o governo cubano e constranger a entrevistada, do que em, digamos, dá-la a conhecer.
O título da entrevista já bastante ilustrativo do papel do entrevistador: "Em entrevista, blogueira Yoani Sánchez não explica suas contradições". Provavelmente o Sr. Salim Lamrani (o entrevistador) seja um homem pleno, e sem contradições.
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