segunda-feira, 5 de abril de 2010

Cuba prefere desaparecer a aceitar chantagem, diz Raúl Castro


"Este país jamais será dobrado. Antes prefere desaparecer, como demonstramos em 1962", disse o governante em alusão à chamada "Crise dos Mísseis", durante a Guerra Fria.
"A vacilação é sinônimo de derrota. Não cederemos jamais à chantagem de nenhum país ou conjunto de nações, por mais poderosas que sejam, aconteça o que acontecer", acrescentou o general ao encerrar em Havana o IX Congresso do ramo juvenil do governante Partido Comunista.
"Cuba também não cederá à chantagem inaceitável dos dissidentes que se declaram em greve de fome para pedir a libertação de presos políticos doentes", disse Castro, reiterando a versão oficial de que são "delinquentes comuns e se morrerem é culpa deles e de quem lhes apoia".


A notícia da EFE, está disponível na Folha Online.


4 comentários:

José Elesbán disse...

A notícia da EFE não me parece pejorativa para Cuba.
O presidente Raúl Castro é cristalino em suas declarações. A paranóia do regime faz a dissidência interna equivaler ao bloqueio naval imposto pelos Estados Unidos, na crise dos mísseis em 1962.
Por outro lado, reafirma que não há prisioneiros políticos em Cuba, são todos prisioneiros comuns. Então Zapara Tamayo, por conseguinte era prisioneiro comum.

José Elesbán disse...

Diz coisas bem verdadeiras, também:

"O general disse que lhe "repugna o dois pesos e duas medidas dos países europeus que criticam os direitos humanos em Cuba quando ali maltratam os imigrantes e reprimem as manifestações inclusive a tiros".

Segundo Castro, a atual administração americana, presidida por Barack Obama, "não cessou o apoio à subversão na ilha e mantém o bloqueio comercial que Washington aplica desde 1962"."

José Elesbán disse...

E algumas outras coisas para pensar:

"Por outro lado, reiterou suas advertências dos últimos anos de que a situação econômica cubana é crítica, que seu governo não pode manter subsídios "excessivamente paternalistas", e que há um milhão de cubanos que sobram nas relações de empregados estatais.

"Há folhas de pagamento infladas, muito infladas, terrivelmente infladas, em quase todos os setores, e pagam-se salários não vinculados à produção, com o que não se pode evitar que se deteriore a capacidade de compras do povo", acrescentou.

Insistiu também em que são gastos "milhões e milhões" para importar alimentos que podem ser cultivados em Cuba, enquanto crescem as "ilegalidades" e a corrupção."

José Elesbán disse...

A íntegra pode ser conferida no saite do Granma.