Este colunista não tem nada favorável a dizer sobre o general Newton Cruz, que foi comandante militar do Planalto durante a ditadura. Mas ocupou cargos da mais alta importância, incluindo a agência central do SNI, o terrível Serviço Nacional de Informações; conheceu os governos por dentro; era companheiro dos generais que chegaram à Presidência da República. O que diz tem importância, portanto – ou por ser verdade, e nesse caso exige investigação, ou por ser mentira, e nesse caso exige punição. E, de qualquer maneira, o que diz pode configurar outro crime, o de ter conhecimento de fatos delituosos que ocorreram e, abdicando de suas responsabilidades, silenciar sobre eles.
A entrevista do general Newton Cruz ao jornalista Geneton Moraes Neto, no canal Globonews, foi quase ignorada pela grande imprensa. E, no entanto, ele narra coisas notáveis, como a proposta que disse ter recebido de Paulo Maluf, então candidato à Presidência da República, de mandar assassinar seu adversário Tancredo Neves, ou a informação de que sabe quem eram os militares que queriam promover novo atentado a bomba, logo após o atentado do Riocentro (veja a entrevista completa aqui ou leia o texto do próprio Geneton, aqui.
Este texto é parte da coluna de Carlos Brickmann, no Observatório da Imprensa.
Um comentário:
Carlos Brickmann, me parece, é desafeto de Mino Carta, mas... e daí?...
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